Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado, Klara Castanho e Luiza Trigo
Autores: Klara Castaonho e Luiza Trigo / Ano: 2017 / Páginas: 375 / Editora: Arqueiro / Nota: 5Sinopse: Em 2014, na Bienal do Livro de São Paulo, Klara Castanho foi pedir um autógrafo para Luiza Trigo, que estava lançando seu novo livro. Desse encontro nasceu uma amizade.Um ano depois, inquieta e cheia de ideias, Klara pediu ajuda de Luiza com o conteúdo de um programa jovem de entrevistas que planejava fazer na internet, baseado no que via no dia a dia. Depois de trabalhar um pouco no que Klara havia escrito, Luiza sugeriu: “Que tal pegarmos esses textos e transformarmos em um livro?”. Klara adorou.Assim surgiu a história de Giovana, uma garota que acaba de se mudar com a família para São Paulo e que, de quebra, precisa encarar os dilemas da adolescência. Obedecer sempre aos pais controladores ou se aventurar em busca de independência? Ignorar suas convicções para andar com o grupinho popular do colégio, ou isolar-se com a amiga tímida e solitária? Viver um grande amor e perder o amigo, ou contentar-se com a friendzone?O resultado disso tudo são situações e personagens coloridos e autênticos, já que suas dúvidas, erros e acertos foram inspirados nas vivências das próprias autoras. E isso mostra um pouco do motivo pelo qual elas compartilham a paixão pela leitura: com ficção podemos exprimir grandes verdades.
Lembro da birra que eu fiz para conseguir
o Meus 15 Anos da Luiza Trigo. Na resenha, eu falei da autora como se fosse a
maior destruidora de lares que você respeita. Estou dizendo isso, porque eu
quase repeti a cena ao ver o Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado, o mais
recente livro da Luiza, mas agora bem mais da Klara do que da própria Luly. O
livro nasceu de uma amizade que teve início na Bienal de 2014 e também de
alguns rascunhos da Klara para um projeto. E assim como o Meus 15 Anos, Meu
Jeito Certo de Fazer Tudo Errado está uma delicinha de ser lido. Vale a pena.
No livro, Giovanna acabou de se mudar de
Campinas para São Paulo contra sua vontade. Não estava nos seus planos ir a São
Paulo justo no início do ensino médio, mas como os negócios na agência de moda
dos seus pais estavam indo tão bem, eles decidiram levá-lo mais adiante, e ela
não teve escolha, senão ir se acostumando com o seu mais novo lar.
E por estar no auge da adolescência é que
o livro se torna interessante, pois ele trata de temas bastantes clichês com um público que, se ainda não viveu, viverá muito em breve. Serve como um guia,
contendo os vacilos da adolescência (lê-se drogas, más influências e a
adolescência herself).
O livro tem aquela vibe de Garotas Malvadas (2004), e eu
amo Garotas Malvadas. Sem muitos esforços, você consegue encaixar cada
personagem do livro nas personalidades das personagens de Garotas Malvadas:
Nanna seria a Cady, Manu seria a Regina, Miguel seria o Aaron etc. E eu vejo
isso como consequência de ter uma cineasta no campo da literatura. Desde Meus 15 Anos que eu tenho notado que ela vem usando as suas armas para trazer leitores para o cinema -
mesmo que de forma involuntária. E essa conversa entre as artes é
incrível.
Quando eu li Will & Will, eu não
consegui distinguir quem era quem. Fui até a metade do livro jurando que só
tinha um Will no protagonismo. Aí, toma epifania. O livro foi escrito pelo John
Green e David Levithan, e cada um dos autores assumiu a responsabilidade de criar um dos dois personagens protagonistas,
dos quais a história se intercalava a cada capítulo. Criativo. Mas por que eu
estou falando isso? Porque as personagens do romance de Green e Levithan tinham
personalidades próprias. Acredito que nenhum dos dois traziam características
dos respectivos autores. Giovanna é a Klara Castanho. Não 100%, mas uma
porcentagem suficiente para o "eu" falar mais alto do que o
"ela". Não consegui desvincular a imagem dela enquanto eu lia o livro,
e talvez você não consiga também.
Eu não vejo isso como algo negativo. Quem
lê o meu blog, sabe que eu sempre tento escrever em primeira pessoa, tento
externar o que eu realmente penso. Isso dá proximidade ao
leitor. É confortante saber que você não está sozinho nessa. As pessoas têm
buscado cada vez mais representatividade e não há lugar melhor para demonstrar isso do que em sua arte.
Eu não me identifico mais tanto com esse tipo de livro, mais teen. De vez em quando ainda gosto mas esse não me chamou muito atenção. Só essa capa e o nome que achei demais, hahah
ResponderExcluirBeijo!
Sorriso Espontâneo
Lovely post.
ResponderExcluirRegards.
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