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Resenha| O Sol Também é Uma Estrela, de Nicola Yoon


Autora: Nicola Yoon / Páginas: 288 / Editora: Arqueiro / Nota: 5/5
Sinopse: Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.
Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.
O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?
Natasha não sabe mais como é a vida em seu país natal, Jamaica. Morando com a família de forma ilegal nos Estados Unidos desde que era pequena, Natasha entra em desespero ao receber a notícia de que foram descobertos e agora eles terão que ser deportados.
Enquanto isso Daniel tenta aceitar o destino que seus pais coreanos rigorosamente impuseram sobre seu futuro, e mesmo que seu coração o mande ser poeta, sua obediência o obriga a tentar ser médico, como os pais querem.
Mas no meio de toda essa incerteza do futuro Daniel percebe no meio da multidão um lindo cabelo afro dançante, com uma jaqueta de couro descolada e fica curioso pra ver quem é sua dona que anda tão determinada por aí. Eis que ele descobre a teimosa, marrenta e incrédula Natasha, que não acredita em amor a primeira vista e muito menos em destino. Agora o garoto tem apenas um dia e algumas perguntas para provar, através de um teste científico, que o destino dos dois foi traçado e que Natasha poderá sim se apaixonar por um garoto que conheceu recentemente.

O que esperar de "O Sol Também é uma Estrela" nem eu mesma sabia. Com a rotina agitada do dia a dia, tudo que busquei foi uma leitura leve, interessante e que me tirasse da ressaca literária que estava ultimamente. Acabei encontrando tudo que esperava nesse romance tão fofo que me trouxe várias emoções.

Conhecer a narrativa envolvente e o enredo perfeito de Nicola Yoon foi incrível. Sua escrita trouxa uma dinâmica muito boa para o livro e achei interessante como ela intercalava os capítulos, contando a vida de outros personagens, fugindo um pouco do foco entre Natasha e Daniel e logo após voltava para os dois.

Ficar na torcida foi o que me motivou a terminar a leitura tão rápido. Saber o que seria do futuro desse casal e porquê eles estavam destinados a ficar juntos me causou uma ansiedade muito envolvente.

A maneira como a autora trata levemente de assuntos sobre crenças, ciências, destino e amor trouxeram a leveza que o livro precisava, sem aquela agressividade de tentar empurrar uma opinião a todo custo em cima do leitor e sim de mostrar que duas pessoas diferentes podem se amar e se respeitar.

Tudo acontece por causa de consequências e são por conta delas que temos um final suspirante e diferente de muitos romances. Ao todo o livro me trouxe uma experiência muito agradável e uma sensação de paz e conforto. Não vejo a hora de ler outras obras da Nicola e recomendo que você faça o mesmo.

Resenha| O Que o Câncer Me Ensinou, de Sophie Sabbage

Autor: Sophie SabbageAno: 2017 Páginas: 220 Editora: Sextante Nota: 3/5Sinopse: Meu câncer é sistêmico e incurável, mas estou vivendo com ele. Na verdade, estou me fortalecendo com ele. Se eu considerar as estatísticas, as previsões e as probabilidades, sou um caso perdido. Mas prefiro não fazer isso. Opto por entender a doença sem me entregar a ela, me resignar sem sucumbir, gritar meu nome do alto das estatísticas antes que minha identidade seja soterrada no frio anonimato dos números. Dedico os dias, as horas e os minutos a prolongar a vida, com a inabalável intenção de criar minha filha até ela se tornar adulta, de envelhecer com meu amado marido e de fazer a diferença que gosto de pensar que vim ao mundo fazer. Não tenho qualificação para ajudar você a superar o seu problema. Mas sou qualificada para ajudá-lo a superar o seu condicionamento, o que acredito também ser essencial para o processo de cura. Posso mostrar-lhe como ficar bem, mesmo quando estiver se sentindo mal, e como resolver as questões emocionais que podem ter contribuído para a sua doença. Espero que esta leitura o inspire a sentir a vibração da vulnerabilidade, a energia do propósito e a maravilha de forjar o seu próprio caminho pela floresta densa e escura que às vezes parece não oferecer trégua ou escape. Torço, principalmente, para que você perceba que o câncer tem algo a ensinar; basta saber como ouvir o que ele está tentando dizer.
Eu não tenho câncer. Eu nunca tive e, se depender da minha vontade, nunca terei, mas sei que as coisas não funcionam assim. Escrevo essa resenha fugindo um pouco da imparcialidade. Eu compactuo com a filosofia Till It Happens to You, que consiste em entender completamente apenas o que já foi vivenciado, e para mim isso é algo totalmente empático. Escrevo essa resenha avaliando o livro, mas também os fatores externos a ele - e espero que isso faça algum sentido e espero também que não pareça com um eufemismo para fins comerciais.

A autora define o livro como uma "obra que é parte autobiográfica e parte autoajuda". Eu não tenho muito a dizer, senão que é um ótimo amparo para almas desamparadas. É muito óbvio qual seja o público ao qual o livro se endereça. No entanto, almas desamparadas de qualquer natureza pode aproveitar alguma coisa dos ensinamentos de Sophie. Não somos preparados para lidar com o pior. Sempre esperamos pelo melhor, ou pelo menos deveríamos, e é exatamente sobre isso que o livro é: se manter positivo, mesmo com seu o mundo prestes a desmoronar. 

Por mais que eu deteste autoajuda, no geral, o livro é bom. Com alguns vacilos na narrativa, mas ainda assim bom. Se eu tivesse câncer, eu compraria este livro e não me arrependeria de tê-lo comprado. Se eu tivesse um amigo com câncer, eu o recomendaria sem sombras de dúvidas. Mas como ele não foi escrito para mim - e para mim, eu me refiro ao público ao qual eu me insiro -, ele não é tão atraente. E isso sem considerar o fato dele ser um livro de autoajuda - um lance complicado de se engolir com naturalidade. Ele é completo, como um catálogo de deveres para suavizar a sua jornada rumo a cura do câncer, caso você tivesse um câncer. Contém alguns documentário, algumas informações sobre tratamentos alternativo, tratamentos convencionais, médicos e clinicas em diferentes partes do mundo. No geral, ele é bom, mas dá uma pecadinha na narrativa. Ele é um pouco previsível. Ele tem 220 páginas, folhas grossas, fonte comum, mas além do sumário, ele tem uma breve descrição dos capítulos, cujos nomes são autoexplicativos. Aí o livro que já não era tão atraente por não ser um livro destinado a você, se torna menos atraente ainda por jogar em sua cara o conteúdo do livro inteiro nas primeiras páginas.

E as coisas não são tão confusas quanto parecem: o livro é um livro de autoajuda, gênero do qual eu não sou muito fã; o livro foi escrito para um público do qual eu não faço parte; o livro tem alguns vacilos na narrativa; mas o livro não é ruim. Eu diria que ele cumpre com o que promete. Mesmo com os "problemas" citados, ele ainda é um livro que merece atenção de quem precisa de algo do tipo. E só.

Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado, Klara Castanho e Luiza Trigo

 
Autores: Klara Castaonho e Luiza TrigoAno: 2017 Páginas: 375 Editora: Arqueiro Nota: 5
SinopseEm 2014, na Bienal do Livro de São Paulo, Klara Castanho foi pedir um autógrafo para Luiza Trigo, que estava lançando seu novo livro. Desse encontro nasceu uma amizade. 
Um ano depois, inquieta e cheia de ideias, Klara pediu ajuda de Luiza com o conteúdo de um programa jovem de entrevistas que planejava fazer na internet, baseado no que via no dia a dia. Depois de trabalhar um pouco no que Klara havia escrito, Luiza sugeriu: “Que tal pegarmos esses textos e transformarmos em um livro?”. Klara adorou. 
Assim surgiu a história de Giovana, uma garota que acaba de se mudar com a família para São Paulo e que, de quebra, precisa encarar os dilemas da adolescência. Obedecer sempre aos pais controladores ou se aventurar em busca de independência? Ignorar suas convicções para andar com o grupinho popular do colégio, ou isolar-se com a amiga tímida e solitária? Viver um grande amor e perder o amigo, ou contentar-se com a friendzone?
O resultado disso tudo são situações e personagens coloridos e autênticos, já que suas dúvidas, erros e acertos foram inspirados nas vivências das próprias autoras. E isso mostra um pouco do motivo pelo qual elas compartilham a paixão pela leitura: com ficção podemos exprimir grandes verdades.

Lembro da birra que eu fiz para conseguir o Meus 15 Anos da Luiza Trigo. Na resenha, eu falei da autora como se fosse a maior destruidora de lares que você respeita. Estou dizendo isso, porque eu quase repeti a cena ao ver o Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado, o mais recente livro da Luiza, mas agora bem mais da Klara do que da própria Luly. O livro nasceu de uma amizade que teve início na Bienal de 2014 e também de alguns rascunhos da Klara para um projeto. E assim como o Meus 15 Anos, Meu Jeito Certo de Fazer Tudo Errado está uma delicinha de ser lido. Vale a pena.

No livro, Giovanna acabou de se mudar de Campinas para São Paulo contra sua vontade. Não estava nos seus planos ir a São Paulo justo no início do ensino médio, mas como os negócios na agência de moda dos seus pais estavam indo tão bem, eles decidiram levá-lo mais adiante, e ela não teve escolha, senão ir se acostumando com o seu mais novo lar.

E por estar no auge da adolescência é que o livro se torna interessante, pois ele trata de temas bastantes clichês com um público que, se ainda não viveu, viverá muito em breve. Serve como um guia, contendo os vacilos da adolescência (lê-se drogas, más influências e a adolescência herself). 

O livro tem aquela vibe de Garotas Malvadas (2004), e eu amo Garotas Malvadas. Sem muitos esforços, você consegue encaixar cada personagem do livro nas personalidades das personagens de Garotas Malvadas: Nanna seria a Cady, Manu seria a Regina, Miguel seria o Aaron etc. E eu vejo isso como consequência de ter uma cineasta no campo da literatura. Desde Meus 15 Anos que eu tenho notado que ela vem usando as suas armas para trazer leitores para o cinema - mesmo que de forma involuntária. E essa conversa entre as artes é incrível. 

Quando eu li Will & Will, eu não consegui distinguir quem era quem. Fui até a metade do livro jurando que só tinha um Will no protagonismo. Aí, toma epifania. O livro foi escrito pelo John Green e David Levithan, e cada um dos autores assumiu a responsabilidade de criar um dos dois personagens protagonistas, dos quais a história se intercalava a cada capítulo. Criativo. Mas por que eu estou falando isso? Porque as personagens do romance de Green e Levithan tinham personalidades próprias. Acredito que nenhum dos dois traziam características dos respectivos autores. Giovanna é a Klara Castanho. Não 100%, mas uma porcentagem suficiente para o "eu" falar mais alto do que o "ela". Não consegui desvincular a imagem dela enquanto eu lia o livro, e talvez você não consiga também.

Eu não vejo isso como algo negativo. Quem lê o meu blog, sabe que eu sempre tento escrever em primeira pessoa, tento externar o que eu realmente penso. Isso dá proximidade ao leitor. É confortante saber que você não está sozinho nessa. As pessoas têm buscado cada vez mais representatividade e não há lugar melhor para demonstrar isso do que em sua arte. 

Resenha| Lúcida, de Ron Bass e Adrienne Stoltz


Autores: Ron Bass, Adrienne Stoltz / Ano: 2016 / Páginas: 364 / Editora: Galera Record/ Nota: 5
Sinopse: Um thriller psicológico eletrizante, do roteirista de Rain Man e O casamento do meu melhor amigo. Sloane é uma aluna nota 10, com uma grande e amorosa família. Maggie vive uma existência glamorosa e independente, como aspirante a atriz em Nova York. As duas não poderiam ser mais diferentes. A não ser por um pequeno detalhe, algo que não têm coragem de revelar a ninguém. À noite, cada uma sonha que é a outra. Os sonhos são tão vívidos que as garotas sentem e experimentam o que a outra está passando naquele momento. Seriam as duas reais? Uma delas estaria mentalmente instável e imaginando a outra? Seriam ambas a mesma pessoa? Qual delas é real?
Sloane sonha com Maggie todos as noites. Meggie também sonha com Sloane todas as noites. Uma sonha com a vida da outra desde que se lembram, mesmo estando em cidades diferentes.

Meggie tem dezessete anos, sonha em ser uma grande atriz, ama sua irmã mais nova, Jade, e sofre pela perda do pai que tanto a compreendia. Praticamente abandonada pela mãe que só pensa em trabalho, Maggie teve que amadurecer mais rápido e assumir responsabilidades que fazem as pessoas a acharem mais velha do que a idade que tem.

Já Sloane parece ter entrado em um luto profundo pela morte de seu melhor amigo. Fechada em seu mundo particular e quieto, a garota ainda não consegue compreender porque se afastou tanto de sua mãe e tem raiva da mesma. Guardando todo sentimento ruim e seus sonhos esquisitos para si mesma ela tenta compreender porque sonha com a vida de outra menina e porque James, o garoto novo da escola, é tão familiar e atraente para ela.

Já imaginava que Lúcida seria aquele livro de deixar qualquer um pensativo e louco. Foi por isso mesmo que o solicitei na hora. É um desafio grande, (e gostoso para mim), ter que passar a leitura inteira adivinhando o fim que todo aquele enredo intrigante e confuso vai tomar. E foi justamente isso que aconteceu.

O livro é narrado por Meggie e Sloane, cada capítulo intercalado entre as duas, de forma simples e bem explicada. Talvez a introdução seja um pouco confusa, mas depois quem está lendo compreende que foi um jeito necessário que os autores encontraram de mostrar o início, como tudo ocorreu. A história tem um mistério muito envolvente do começo ao fim. Todo enredo gira em torno de descobrir o que realmente acontece com as meninas e como tudo irá se resolver no final.

Tanto Maggie quanto Sloane são personagens bem diferentes e bem construídas da sua maneira. Nunca sei quando qual autor está escrevendo em um livro conjunto, mas a personalidade marcante de cada personagem pode dar uma ideia a respeito da escrita de Ron e Adrienne.

Amei cada cena de confusão mental explorada e bem detalhada que os autores trouxeram para o enredo. Isso ajudou muito a sentir tudo o que Meggie/Sloane estavam passando em um momento crucial. Lúcida foi aquele livro eletrizante que trouxe inúmeras emoções e pensamentos. Terminei o livro há muito tempo, mas o final ainda me intriga com possíveis teorias sobre o desfecho.

Eu recomendaria o livro para todos, mas depois de ler algumas resenhas no Skoob percebi que talvez a leitura seja melhor para quem está acostumado com o gênero de thriller psicológicos. No demais posso dizer que foi um livro maravilhoso, que abriu muito bem minha meta de leitura desse ano e me trouxe uma sensação incrível ao realizar a leitura.

Resenha feita em parceria com a Galera Record.

Resenha| A Garota do Calendário - Março, de Audrey Carlan


Autora: Audrey Carlan / Ano: 2016 / Páginas: 144 / Editora: Verus / Nota: 2,5/5
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Mia vai passar o mês de março em Chicago com o empresário Anthony Fasano, que a contrata para fingir ser noiva dele. A princípio Mia não entende por que um homem tão lindo e másculo precisa de uma falsa noiva.

De volta a rotina de Acompanhante, Mia está pronta para conhecer seu novo cliente e ganhar o dinheiro necessário para sanar a divida altíssima que seu pai fez. A pior parte disso tudo não é nem ser uma acompanhante, mas sim porque o homem a quem seu pai deve é seu ex namorado, que para deixar a vida de Mia pior do que já estava, deu uma surra em seu pai fazendo com que ele entrasse em coma.

Nesse mês Mia terá que ser noiva de Anthony, um herdeiro de família tradicional italiana, que esconde um grande segredo da mídia e de seus familiares. Colocando seus dons de atriz em pratica, Mia encarna a boa noiva e passa o mês de Março conhecendo pessoas maravilhosas e até mesmo revivendo o passado com alguém que marcou sua vida profundamente.

Fica um pouco complicado fazer um resumo simples de um livro que já é curto, ainda mais quando ele é o terceiro livro da série. "A Garota do Calendário - Março" continua narrando a vida de Mia com acompanhante de luxo e seus clientes. Não sou muito critica com livros hot porque leio poucos e sei o proposito diferente que eles carregam, mas o pouco que leio já consigo avaliar de alguma forma. Audrey Carlan tem um jeito mais simples de escrever, e muitas vezes esse jeito trás uma história vaga e rápida demais.

Sei que como a história se passa em apenas um mês fica um pouco complicado dosar a velocidade do enredo, mas nos quatro livros que li da série até hoje (li o mês de Abril também), percebi que a autora demora demais desenrolando o começo e depois, na pressa, joga todos os fatos marcantes no final e encerra tudo. Isso deixa a história muito vaga e o leitor com inúmeras perguntas. A vida de Mia em algumas partes fica em segundo plano, mas em outras ela ganha um destaque legal que acaba mostrando uma parte mais intima e sentimental por parte da personagem. Isso tira um pouco o foco das cenas de sexo e não deixa narrativa tão vazia.

"A Garota do Calendário - Março" é aquele livro que se encaixa ou não no seu gosto. Ao todo para mim a leitura não foi espetacular, porém não foi tão desperdiçada. Foi razoável, até então.  A leitura é mesmo dedicada pra quem gosta do gênero ou escolheu ler algo mais leve para passar o tempo, como eu. Então é recomendado que você tenha um dos dois itens que citei para iniciar a série.

Resenha feita em parceria com o Grupo Editorial Record.

Resenha| A Esperança é uma Torta de Maçã, de Sarah Moore FitzGerald



Autora: Sarah Moore Fitzgerald / Editora: Galera / Páginas: 176/ Nota: 4/5
Sinopse: Um romance delicado sobre pertencimento, primeiros amores e bullying. Oscar é o melhor amigo e vizinho de porta de Meg. Ele tem o incrível dom de consertar qualquer problema assando tortas de maçã perfeitas. Mas nem suas renomadas tortas conseguem aplacar a tristeza de seu pai, ainda de luto pela morte da esposa. Quando Meg recebe a notícia de que irá se mudar para a Nova Zelândia por seis meses, ela fica devastada com a ideia de ficar tanto tempo longe do amigo. Para piorar tudo, a casa de Meg é alugada pela família da terrível Paloma Killealy, que inventa todo tipo de mentiras sobre o garoto na escola. De repente, Oscar desaparece. Sua bicicleta e suas roupas são encontradas no litoral, e todos acreditam que o pior aconteceu e ele cometeu suicídio. Com a ajuda do irmãozinho de Oscar, Meg decide investigar o paradeiro dele, e por mais difícil que seja, nunca abrir mão da esperança.

Quando Meg recebeu a notícia de que iria morar em outro país durante um tempo, o mundo de Oscar, seu melhor amigo, desabou. O garoto acostumado a ter sua melhor amiga na janela todos os dias ficou triste por sua partida, mesmo assim fez de tudo para que Meg se sentisse confortável com a ideia de conhecer um lugar novo, com pessoas novas e aventuras novas.

Tentando preencher a mente com algo novo enquanto Meg não voltava, Oscar decide ser simpático e acaba conhecendo sua nova vizinha Paloma. A menina linda, dos cabelos louros, que esta sempre acostumada a ser o centro das atenções logo se interessa por Oscar, mas algo nele não lhe agrada muito: sua inocência e suas tortas de maçã. As tortas de maçã, que Oscar aprendeu a fazer com a avó, são a solução para diversos problemas que as pessoas tenham em sua vidas. Mas para Oscar, neste momento, elas podem ser um pequeno problema.

Com um título estilo bem auto-ajuda, A Esperança é uma Torta de Maçã trouxe uma história juvenil bem gostosa que nos mostra como muitas pessoas na sociedade se deixam levar pela opinião que lhes é imposta e como isso pode trazer graves consequências para a vida de alguém.

A história é narrada pelos dois personagens principais, Meg e Oscar. Como a autora preferiu mostrar as cenas que se passam depois do sumiço de Oscar primeiro, os primeiros capítulos são um pouco confusos, mas depois tudo se encaixa no tempo que deveria ocorrer. Essa escolha de mostrar os fatos que desenrolaram o enredo depois foi uma boa jogada, porque o leitor se sente preso pra saber o que aconteceu com um personagem tão quieto e o que o levou a fazer o que fez.

Pode-se dizer que o foco da história é mostrar como a vida de Oscar foi arrasada por boatos maldosos e inveja, mas temos também pequenos focos com assuntos secundários que foram importante para a construção de todos os personagens e até mesmo da conclusão.

Falando assim parece que a história é confusa e muito detalhista, mas acontece que o livro é bem simples de ler e acompanhar. Foi uma leitura com todos os pontos que eu esperava. Uma história boa e envolvente, personagens profundos e bem feitos, e uma escrita leve que me trouxesse uma facilidade maior para ler o livro brevemente.

A Esperança é uma Torta de Maçã pode ter uma lição simples sobre a amizade, esperança, se entregar ao que sente e viver. É uma leitura muito recomendada para quem quer ler um livro rápido com uma história legal.

Resenha feita em parceria com a Galera Record.

Resenha| Amor Plus Size, de Larissa Siriani


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Autora: Larissa Siriani /Ano: 2016 / Páginas: 280 / Editora: Verus / Nota: 3/5
Sinopse: Maitê Passos é uma garota linda, de dezessete anos e mais de cem quilos. Ela passou a infância e a adolescência sendo resumida ao peso. Mas e quando é justamente esse o fator que pode mudar completamente a sua vida?
Em meio ao turbilhão do ensino médio, com uma mãe obcecada por dietas, um crush antigo por Alexandre, o cara mais gato da escola, e uma amizade deliciosa com Isaac, fotógrafo amador, Maitê vai descobrir que não precisa ser igual a todas as outras meninas para ser feliz.
Neste romance corajoso e cheio de reviravoltas, Larissa Siriani narra a história de uma jovem descobrindo seu lugar no mundo, construindo uma jornada incrível de autoconhecimento, aceitação e empoderamento

Maitê Passos é gorda. Seu tamanho fora do "normal" sempre incomodou sua mãe, que a empurrava dietas que Maitê nunca conseguiu seguir. Invisível na escola, apaixonada pelo carinha mais bonito de lá e lutando contra problemas de aceitação, a única coisa que a fazia feliz no momento era a presença de seu melhor amigo, Isaac, que desde pequeno a aceita como é e apoia seus sentimentos.

Foi Isaac, seu fiel escudeiro, que lhe deu o pontapé inicial para a carreira de modelo, que Maitê nunca achou que seguiria. E agora a bela moça terá que superar sua timidez e embarcar de cabeça nessa aventura que ira definir o destino de seu futuro e até mesmo sua carreira.

Quando li o título do livro e a sinopse, logo o solicitei. Estava afim de ler algo fora do padrão e quem sabe descobrir uma nova história que mexesse comigo de uma forma profunda. "Amor Plus Size" acabou se mostrando um pouco clichê em determinados pontos, e talvez, para mim, a autora tenha fugido só um pouquinho do assunto principal do livro.

Aparentemente o livro é um grande quebrador de tabu. E até é um pouco, mas não da forma que eu esperava. Tive um pouco de dificuldade de ler o que se desenvolveu na história e ainda não concordo tanto com algumas coisas presentes nele.

Vamos começar por uma coisa que tenho observado de tempos pra cá: a forma clichê e, de certa forma, padrão que os personagens "quebradores de tabu" vem apresentando em alguns livros. No caso em questão preciso ressaltar a forma como Maitê e suas amigas se referiam a meninas magras e populares de sua escola. OK, quem nunca falou mal de alguma colega de qualquer ambiente sociável que atire a primeira pedra, mas nesse caso foi muito incômodo ler as comparações que a própria excluída fazia de outras pessoas. A sensação de ver essas atitudes é meio sem sentido. Precisava muito ter algo diferente no enredo e talvez essa diferença fosse um pouco mais de sororidade* por parte das meninas.

Outra ressalva que pode ser feita é a necessidade que alguns escritores ainda encontram em fazer com que o bonitinho só se apaixone pela "diferente" depois que ela se transforma e entra no padrão social, nem que seja só um pouco. Digo e repito: isso precisa parar! Você não quebra preconceito nenhum insinuando que uma menina só vai ser amada se for feminina.

Saindo bem mais do conceito e aprofundando mais a questão técnica do livro, percebesse que Larissa Siriani ainda está evoluindo na forma de escrever e desenvolver o enredo. Por vezes me irritei com o excesso de expressões como: revirar os olhos e algumas referências excessivas a banda One Direction.

Os assuntos do livro se perdem um pouco. O que foi proposto como a história de uma modelo Plus Size se torna a busca por um romance não correspondido, no meio temos um caso de bulimia e anorexia e depois volta para um romance. A trajetória de Maitê como modelo foi meio que deixado de lado e com isso a lição de superação e amor próprio foi ficando um pouco apagada.

Mesmo assim acabei gostando da leitura por ter sido leve e simples. É muito válido recomendar a leitura para meninas que estão passando pela fase da puberdade e querem encontrar uma personagem com suas formas nos livros. A única coisa que espero é que da próxima personagens como Maitê foquem mais na própria valorização e não em coisas secundárias.

Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.

Resenha feita em parceria com o Grupo Editorial Record.

Resenha| Princesa das Águas, de Paula Pimenta



Autora: Paula Pimenta / Ano: 2016 / Páginas: 368 / Editora: Galera Record / Nota: 3/5

Sinopse: "Ele estava tão perto que pude perceber a tonalidade verdadeira dos seus olhos. Antes eu pensava ser da cor de uma piscina. Mas agora eu via que não era bem isso. Eles eram como o mar quando fica mais fundo... Aquele tom exato em que o verde se torna azul."
Arielle Botrel é uma nadadora famosa, prestes a viver o maior desafio de sua existência: participar das Olimpíadas pela primeira vez. Porém, ao contrário do que todos pensam, ela não possui tudo que deseja. Por ser a filha caçula de uma grande família, a garota é muito protegida e, apesar das medalhas e dos troféus, sonha com um cotidiano diferente, onde possa ser livre. Até que um dia um acidente faz tudo mudar. Arielle é apresentada a um mundo novo... E nele existe alguém que vira sua vida de cabeça para baixo. Porém, para conquistá-lo, ela terá que abrir mão de sua voz. Será que Arielle - sem uma única palavra - vai conseguir conquistar esse príncipe? E se no coração dele já existir outra princesa?

Arielle é uma garota de 16 anos que está prestes a realizar um dos maiores sonhos dela: participar das Olimpíadas, que serão sediadas aqui no Brasil, como a maior promessa da natação do país. 

Por ser uma atleta de alto nível, ela tem uma rotina muito rígida de treinos e alimentação, o que faz com que tenha uma vida um pouco diferente das outras jovens da idade dela e se sinta presa ao que o pai e o treinador querem que ela seja, ao invés de realizar as próprias vontades. Isso faz com que Arielle seja um pouco rebelde: ela sai escondido para bares e festas quando na verdade deveria estar polpando o corpo para o esporte. 

Em uma dessas saídas, em uma festa de confraternização de atletas na Suíça (que Sula -ou Sulamita, o nome completo- a convidou), Arielle conhece Erico, um tenista que também é uma promessa das Olimpíadas. Aliás, conhecer não é o verbo correto, o que ela fez foi salvá-lo. Acontece que, em um determinado momento, Erico resolveu sair do ambiente da festa para falar ao telefone (com Arielle o seguindo, porque ela estava louca de paixão por ele) e se assustou com o cachorrinho que o estava perseguindo e acabou por cair na piscina. Arielle, sem pensar duas vezes, correu para resgatá-lo. 

Até que uma ambulância chegasse, a garota achou que deveria mantê-lo acordado, e por isso cantou para ele. Mas, mesmo assim, quando Erico se recuperou do acidente, ele não se lembrou quem o salvou. O garoto tentou fazer uma busca pelas redes sociais pedindo para que a salvadora dele se pronunciasse, mas Arielle não fez isso. 

E agora, como será que os dois vão se reencontrar? Será que esse reencontro vai acontecer mesmo? O que esperar das Olimpíadas? Ela promete!

Eu fiquei muito feliz quando a Sofia (dona desse blog lindo) me perguntou se eu gostaria de ler Princesa das Águas, porque fiquei muito interessada no livro, já que ele é um reconto da história d'A Pequena Sereia, uma das minhas princesas favoritas da Disney. 


De cara, podemos perceber que a estrutura da história original e da adaptação não mudou, veja: 
- Ambas as personagens principais têm 16 anos;
- O pai das duas é super protetor;
- Ambas fazem um acordo com uma pessoa do mal para conquistar o coração do amado;
- Até mesmo os nomes escolhidos pela autora estão fáceis para identificar os personagens: Arielle (Ariel), Erico (Erick), Sula ou Sulamita (Úrsula). 

Sula, uma das garotas da equipe de nado sincronizado do Brasil, aparenta ser muito simpática e prestativa no começo, mas ao longo da narrativa percebemos que não é bem assim. Ela me incomodou MUITO ao longo da narrativa por ser bastante insuportável. 

Algumas ações de Arielle também me deixaram muito irritada, porque ela não media as consequências do que fazia e às vezes tinha pensamentos e tomava atitudes muito infantis. 

Acho que minha nota para o livro foi baixa pela construção ruim dos personagens. O que salvou a narrativa foi Lino, o melhor amigo de Arielle, muito atencioso e cabeça aberta.

Se houver outras releituras da autora, como de A Bela e a Fera (e acredito que vai ter), eu gostaria de ler, mas não é algo que me deixa extremamente ansiosa. Seria mais para passar o tempo. "Princesa das Águas" é o terceiro livro da série Princesas Modernas.  


Luiza Lamas é blogueira e dona do Choque Literário.

Resenha| Dica da Ka, de Karina Milanesi


Autora: Karina Milanesi / Ano: 2016 / Páginas: 120 / Editora: Editora Belas Letras / Nota: 2,5/5
Sinopse: Invente, recicle, reuse, decore, transforme sua casa e sua autoestima, colocando sua identidade naquilo que você toca. Venha botar a mão na massa com Karina Milanesi, uma das maiores especialistas em DIY (Faça você mesma) e fundadora do Dica da Ka, canal com mais de 40 milhões de visualizações no Youtube. Surpreenda-se com o que você tem o poder de fazer sozinha, mas não imaginava! Motive-se, divirta-se muito e descubra ao longo das páginas deste livro (incluindo esta capa) dons escondidos em você com dicas inéditas de decoração da Ka, com o passo a passo de cada uma. Porque não tem presente tão bom quanto ouvir um elogio por algo que você fez e responder: “Gostou? Fui eu que fiz!”.

Conheço a página "Dicas da Ka" pela minha irmã, quando a mesma estava viciada em decorar suas roupas de forma prática, sem precisar pagar por isso.

Não acompanho o trabalho da Ka, mas já vi alguns vídeos interessantes dela sobre decoração. Recentemente ela lançou um livro com suas dicas pela editora Belas-Letras, como parceira recebi um exemplar para a avaliação.

O livro tem como foco dicas rápidas para reaproveitar objetos simples em uma decoração mais elaborada que transforme o ambiente da casa. Não foi de fato uma leitura e sim um livro para folhear algumas páginas e quem sabe ter umas idéias. Sendo um tanto sincera, e nessa parte minha irmã concorda, talvez o livro não seja algo incrível e maravilhoso que vá fazer uma grande diferença, mas tem sua parte boa.

O capricho do livro ficou muito bom. Tem moldes e fotos que ajudam a realizar as dicas dadas. Tudo muito fofo e a cara da Ka, mesmo assim senti falta de algo mais em toda obra. Pra quem pensa em conhecer o trabalho da Ka e quer começar a fazer sua própria decoração é uma ótima pedida para o momento.

Resenha feita em parceria com a Editora Belas-Letras.

Resenha| Boa Noite, de Pam Gonçalves


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Autora: Pam GonçalvesAno: 2016 / Páginas: 240 / Editora: Galera / Nota: 5/5
Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Julgando o livro pela autora, fiz corpo mole na hora de ler "Boa Noite". Me desculpem pela sinceridade, mas não consegui me atrair pelo livro logo de cara, então essa seria minha última opção de leitura para o ano. Mas para minha felicidade, eis que a leitura foi tão incrível que estou aplaudindo de pé Pam Gonçalves pela ótima obra que ela fez.

Alina é uma jovem prodígio de uma cidade pequena, que decidiu ir para uma cidade maior cursar sua faculdade. Disposta a respirar um ar novo e buscar seu lugar ao sol, ela se joga em uma vida totalmente diferente da que tinha. Com as novidades da cidade Alina acaba fazendo amigos novos, está em um curso formado por noventa por cento de homens preconceituosos que só sabem fazer piadas machistas, com ela e suas colegas e, quem sabe, um novo amor.

Na bagagem também veio uma rotina que ela nunca esperava: arrastada pela amiga, Alina começa a ir em festas, beber um pouco e até se soltar para dançar, coisa que ela nunca imaginava que faria. Só que nada é tão fácil assim, e a moça simples e delicada descobre algumas coisas sobre os jovens da faculdade que vão deixar ela revoltada. Mas Alina tem a chance de mudar as coisas se juntando as amigas de curso para poder ajudar não só as alunas do campus, como também meninas de todo lugar.

Começo elogiando a forma como Pam tratou um assunto sério da forma que realmente deve ser tratado. Ultimamente tenho lido livros juvenis ou adultos onde os autores colocam um assunto delicado no livro e o tratam apenas como forma de entretenimento ou enchimento de linguiça e não como algo que vá mudar a cabeça de quem leu.

Diferente do que citei acima, encontrei em "Boa Noite" uma ótima forma de quebrar preconceitos e ao mesmo tempo entreter o jovem que está lendo de uma forma tranquila e mais atual. Apenas duas coisas me incomodaram na leitura. Uma delas foi sentir um certo medo da autora de fazer com que Alina sofresse algo, como se ela fosse intocável só por ser a principal. Claro que eu tinha medo de que algo ruim acontecesse, mas percebi que tudo acontecia com outras garotas com mais facilidade do que com a principal.

O último ponto foi o excesso de referências. Tenho percebido isso em inúmeros livros nacionais e vejo que os autores estão se apegando demais a series, livros e sagas que gostam, e isso tira um pouco da minha atenção do cenário do livro (principalmente quando falam de Harry Potter). Tirando esses pequenos detalhes não tenho que reclamar de nada! A escrita da Pam é perfeita, a leitura foi um deleite e eu recomendo eternamente que seja feita.

O único motivo que fez com que eu não favoritasse o livro foi porque achei as ultimas paginas corridas demais. Talvez uma pisadinha no freio e mais páginas na história caíssem extremamente bem. Até porque o livro poderia ter inúmeras páginas que eu não ligaria.

Resenha feita em parceria com a Galera Record.

Resenha e Sorteio| O Coração da Esfinge, de Colleen Houck

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Autora: Colleen Houck / Ano: 2016 / Páginas: 368 / Editora: Arqueiro / Nota: 2,5/5
Sinopse: Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Depois de "O Despertar do Princípe"ter sido um livro maravilhoso que deu um incrível pontapé no inicio da série, tudo que se espera de "O Coração da Esfinge" é que a autora, Colleen Houck, tenha o mesmo pique e emoção na continuação.

Mesmo ansiosa para dar continuidade à série e me deliciar mais uma vez com a história de Colleen, os primeiros capítulos não conseguiram me satisfazer tanto quanto desejava, e logo no início percebi alguns pontos que me incomodaram até o final do livro.

Lilian segue sua vida como se nada tivesse acontecido. Depois que Amom se foi, a única coisa que lhe restou foi seguir os planos de seus pais que incluíam ir a faculdade e ter uma carreira profissional bem sucedida como a deles.

Para ficar em paz com a família, Lily aceita traçar os paços desejados pelos pais. Como último pedido antes de ir para a faculdade, a menina pede para passar as férias na casa da avó e para seu espanto recebe a visita de alguém inesperado. Um deus egípcio. A notícia não é boa. Amon corre perigo e para salvar seu amado Lily terá que fazer coisas inusitadas desde virar uma esfinge à derrotar uma perigosa rainha do mundo dos mortos. Com todo amor que possui, Lily irá para a batalha. Mesmo com medo e suas fraquezas aceitará o desafio de salvar o mundo das garras de Seth e Amon do risco de se perder no mundo dos mortos.

Quem leu "O Despertar do Príncipe" e depois leu "A Maldição do Tigre" pode ter cometido o mesmo erro que o meu. A evolução da escrita da autora fica notável e isso atrapalha a leitura do primeiro livro publicado por Colleen. No caso de "O Coração da Esfinge" a coisa foi um pouco diferente.

O primeiro ponto que me incomodou na continuação foi o fato de não sentir algo mais na escrita da autora. Algo que me animasse e me mostrasse um potencial de evolução no que ela escreve. Foi como se eu lesse os outros dois livros citados acima, só que com personagens e um cenário diferente.

A clichê fórmula garota se apaixona por vários garotos ou amigos/irmãos/primos que se apaixonam pela mesma garota foi o segundo ponto negativo para mim. Não entendi porque a autora quis praticamente repetir a história de sua primeira saga (fontes seguras me contaram o final da Saga do Tigre) mudando apenas a mitologia em questão. Não sei se ela faz isso porque acaba criando personagens que ama demais e depois quer que todos eles fiquem com a garota. Já podemos encaixar ai o ponto três, que é a falta de outras meninas principais no enredo. Somente Lily chama a atenção e faz tudo para salvar tudo, enquanto está rodeada de meninos (isso acontece também em A Maldição do Tigre).

Por último tem a enrolação que ocupa metade da história. Ao invés de ir direto ao ponto a autora cria situações, "aventuras" e historias demais, quando não é necessário. Preciso observar também que o fato de Lilian viver em uma era tecnológica e não fazer nem ao menos uma pesquisa sobre a mitologia egípcia me deixou de cara. Sério que a menina se apaixonou por uma múmia, viajou a lugares por magia, conheceu deuses e nem ao menos fez uma pesquisa mais funda para saber o que estava acontecendo? Com isso ela se tornou uma personagem que só recebe uma bomba de conteúdo e nunca, nunca mesmo, sabe de nada. Nem o nome dos deuses mais importantes ela sabe. Entendo que talvez isso ocorra para dar mais informações ao leitor, mas da pra ser uma personagem forte e saber algumas coisas, não?

Não sei ao certo se pretendo concluir a série. Sendo muito sincera meu maior interesse é em ter todos os livros do que realmente lê-los. Foi muito ruim ler uma continuação que tinha tudo pra ser boa, mas acabou sendo estranha. Sendo assim perdi meu pique para terminar a série e ler outros livros da autora, e infelizmente não sei se aquela emoção profunda vai voltar.

Resenha feita em parceria com a Editora Arqueiro.
Para quem é fã ou quer conhecer a história de Lily tenho uma surpresa. Vai ter sorteio de um exemplar de O Coração da Esfinge!😆 Para participar é só preencher  as regras abaixo:

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Resenha| Confissões de um Amigo Imaginário, de Michelle Cuevas

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Autora: Michelle Cuevas / Ano: 2016 / Páginas: 176 / Editora: Galera Júnior / Nota: 5 (Favorito)
Sinopse: Uma imperdível aventura de alguém que descobre existir apenas na imaginação de uma garotinha. Um livro para todos aqueles que, um dia, já se sentiram à margem, deixados de lado... invisíveis Jacques tem uma leve suspeita de que ninguém gosta dele. Professores o ignoram solenemente quando levanta a mão e até mesmo seus pais precisam ser lembrados de colocar um lugar à mesa para ele! Graças a Deus por Fleur, a irmã e companheira constante. Mas então Jacques descobre uma verdade devastadora: ele não é o irmão de Fleur; é seu amigo imaginário! E aí começa uma tocante e divertida busca por seu eu verdadeiro. Uma imperdível jornada em busca do significado da vida leva Jacques de encontro às mais peculiares crianças, imaginárias e reais, e o faz descobrir a incrível e invisível maravilha de ser quem se é.

"Confissões de um Amigo Imaginário" é um livro infantil carregado de emoções e lições de vida. O livro mostra a vida de Jacques, um garoto que vive aventuras imaginárias incríveis ao lado da irmã, mas que se sente invisível para o resto do mundo.
A vida de Jacques vira de ponta cabeça quando ele descobre que realmente é invisível para o resto do mundo, pois Jacques é um amigo imaginário, que foi criado pela pessoa que ele mais ama. Sua irmã.

Revoltado com o fato de não ser real e mais revoltado ainda por descobrir que não tinha vida própria, a não ser a imaginada pela criadora, Jacques aprende uma forma de se libertar da mente que o imaginou e parte em busca de novas aventuras. Mas um detalhe importante o amigo esqueceu de aprender: Jacques será sempre imaginário e nunca será totalmente livre, totalmente real.

Michelle Cuevas teve uma imaginação e simplicidade tão incrível na hora de criar a historia de Jacques, que me apaixonei logo de cara. Mesmo sendo um livro mais leve, puxado para o público infantil, podemos sentir a carga emocional que o enredo possui. A autora tem uma escrita muito boa de ser lida, então a gente acaba lendo o livro em poucos dias.

Jacques teve que aprender a se redescobrir, a se permitir sentir coisas novas, e com isso ele acabou mudando não só sua vida como a vida das pessoas que ele passou. Foi praticamente impossível segurar as lágrimas com o desfecho lindo que a história possui. Me senti honrada por ter tido a oportunidade de ler algo tão bom, tão tocante e emocionante. Sem dúvidas "Confissões de um Amigo Imaginário" marcou minhas leituras do ano e da vida também.

Preciso espalhar para o mundo o quão bom o livro é, e recomendar a todos que leiam e reascendam a chama imaginaria que existe dentro de nós.

"As vezes, problemas imaginários são mais difíceis de suportar do que problemas reais".
Resenha feita em parceria com a Editora Galera Record.

Resenha| Meio Rei, de Joe Abercrombie

Autor: Joe Abercrombie / Ano: 2016 / Páginas: 288 / Editora: Arqueiro / Nota: 5/5 (Favorito)
Sinopse: Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem.
Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava.
Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo.

Depois de ler Meio Rei percebi que agora tenho um relacionamento de amor e ódio com Joe Abercrombie. Por ter me decepcionado grandemente com a trilogia "A primeira lei" fiquei com um pé atrás quando soube que o autor lançaria uma nova trilogia. Mesmo assim pude deixar o medo de lado e decidi que daria uma chance as histórias do autor. "Meio Rei" virou um dos meus favoritos e Joe foi perdoado pela decepção que me fez passar.

Yarvi é um príncipe amaldiçoado. Por ter nascido com a mão esquerda aleijada. O príncipe foi rejeitado pelo pai, humilhado pelo irmão e ignorado pela mãe. Com toda sua família e seu reino o tratando como um nada, a única solução que Yarvi encontrou foi abrir mão de sua posição e se dedicar ao ministério, já que para ser um ministro ele não precisaria de armas ou duas mãos, precisaria apenas de sua sabedoria.

Perto de concluir seus aprendizados e finalmente se tornar um ministro seus planos são frustados com a notícia de que seu pai e irmão haviam morrido em batalha, e agora ele, que sempre foi hostilizado por ser aleijado, deveria assumir o trono de seu reino. Deveria ser rei.

A partir daí Yarvi jura se vingar dos assassinos que mataram seu pai e irmão e para isso nenhum esforço será poupado. Mas para sua surpresa o meio Rei acaba sendo traído por alguém que ele nunca imaginava e agora precisa usar sua inteligência para sobreviver a um destino que ele nunca havia sonhado.

Fiquei totalmente surpresa quando comecei a ler as primeiras páginas do livro, principalmente por constar que algo mais leve e simples me aguardava. Abercrombie soube muito bem diferenciar uma faixa etária de outra e conduziu a narração de uma forma incrivelmente jovem, diferente da narrativa pesada e maçante que "A primeira lei" possui.

Um dos pontos que critiquei na outra trilogia foi a falta de personagens femininas nos livros do autor, o livro possui uma presença feminina um pouco maior, e ao que tudo indica no próximo volume uma guerreira estará no comando da história.

Não consegui sentir nenhuma falha no enredo. Pra mim tudo foi se encaixando no tempo certo e da forma que deveria ser. Algumas pessoas se decepcionaram com o final, mas isso não ocorreu no meu caso. Gostei muito do desfecho e não poderia ter imaginado um final melhor.

Mesmo com tantos elogios recomendo que quem ainda não conhece a escrita de Joe tenha calma e paciência. A leitura pode ser extremamente maravilhosa para alguns, como foi para mim, ou cansativa para outros, o que eu acredito que não acontecerá.

Resenha feita em parceria com a Editora Arqueiro.

Resenha| Onde os Demônios Habitam, de Bella Nine

Autora: Bella Nine / Ano: 2016 / Páginas: 234 / Editora: Autografia / Nota: 3-5
Sinopse: “Onde os Demônios Habitam”, de Bella Nine, conta a história de Eric, um adolescente de 17 anos que está no último ano do Ensino Médio e faz parte de uma família problemática. Sua vida em casa é um inferno: seu pai é um bêbado que agride sua mãe todos os dias e ela, uma dona de casa que não reage às agressões e cobra muito do filho. O rapaz vive um tormento diário e não sabe mais o que fazer.
Eric passa grande parte da sua adolescência dividido entre fugir de casa e largar a mãe com seu pai em sofrimento, ou levá-la consigo para longe do esposo. Os demônios do garoto estão dentro de sua própria casa, desestruturada e violenta. Mas, mesmo que ele conte com o apoio de dois melhores amigos, Carla e Pedro, esses demônios também estão dentro deles


Eric é um adolescente com problemas. Cresceu vendo seu pai bêbado agredir sua mãe fisicamente, sexualmente e psicologicamente e também foi vítima dos abusos do homem que o gerou.
Para camuflar o transtorno que passa o jovem se acostumou a mentir desde cedo, escondendo seus sentimentos e traumas até mesmo de seus amigos mais íntimos, Pedro e Carla.

Ao ver na natação um ponto de fuga para sua vida, Eric precisa decidir se toma coragem para enfrentar seus demônios ou se fica para proteger a única pessoa que compartilhou dessa dor e que mais foi afetada com isso: sua mãe.

Com uma proposta profunda e melancólica que particularmente me atrai em grande parte dos livros que leio, "Onde os demônios habitam" de Bela Nine, tenta trazer a literatura a vida de um jovem que precisa de ajuda, mas que por medo nunca teve coragem de dar um grito de socorro.

Pela sinopse pude me identificar um pouco com Eric, então o livro era daqueles que provavelmente iria fazer parte da minha lista de favoritos. Com grande pesar digo que essa não foi uma das minhas melhores leituras do ano e que a autora não soube aproveitar uma história com um gancho perfeito para fazer com que inúmeros leitores derramassem suas lágrimas.

O foco do livro, ao menos em teoria, é em Eric. No começo do livro temos uma cena forte que explicaria dali pra frente a personalidade do personagem, mas nas primeiras cem páginas não consegui gostar nem um pouco de Eric e muitas de suas atitudes egocêntricas que me tiravam do sério. Após algumas páginas o enredo já não estava mais fazendo sentido para mim e o foco da história foi para muito longe, fazendo com que eu me perguntasse onde estava a proposta que foi tão atrativa para mim na sinopse.

Não senti a necessidade de tratar alguns assuntos de outros personagens naquele momento, pois foi uma necessidade que só ultrapassou a história principal e não trouxe uma resolução para nada que foi tratado no enredo. Entendo perfeitamente que teremos outro livro, mesmo assim gostaria que houvesse um desenvolvimento mais profundo no que se passava na casa de Eric.

O livro precisa de uma revisão mais detalhada. A falta de travessão me incomodou muito no começo, e mesmo que tenha se tornado normal depois de um tempo não consegui deixar de notar que faltou muita atenção por parte da editora nesse ponto.

Os assuntos tratados no livro são profundos, nós temos personagens que precisam muito se expressar, (o que se tornou um ponto interessante, visto que nós vivemos em um sociedade com jovens que precisam falar de seus sentimentos, medos, etc), um final muito interessante e impactante. Eu só queria mesmo que toda história fosse mais organizada e focada na família de Eric.

A leitura não foi tão agradável quanto foi esperado da minha parte, mesmo assim fiquei um pouco curiosa para saber o desfecho de Eric e seus problemas. Fico no aguardo para saber se o próximo volume irá me agradar totalmente ou não.

Resenha feita em parceria com a Editora Autografia.

Resenha| Salsichas Galácticas - A Salsicha Contra-Ataca, de Max Brallier

Autor: Max Brallier / Ano: 2016 / Páginas: 288 / Editora: Sextante / Nota: 4
Sinopse: A Princesa Dalila não vê a hora de ir ao Parque Cósmico de Diversões do Crostini, um circo espacial esquisito e cheio de monstros que viaja pelo universo. Depois que Cosmo chama a atenção do mestre de cerimônias, ele é contratado e vira uma das atrações do espetáculo — como domador de monstros! E as Salsichas Galácticas passam a ser o cachorro-quente oficial de todas as paradas da turnê. Mas em pouco tempo Cosmo e seus amigos percebem que estão correndo sério perigo – e não estamos falando dos monstros terríveis que eles precisam enfrentar no ringue! Será que vão conseguir salvar a própria pele e ainda vender suas salsichas?

Cosmo é  um garoto terráqueo, que vive viajando pelo universo com seu amigo Herman  e sua nova amiga Dalila, que se juntou a eles por não querer ser malvada como sua mãe desejava.

Rejeitando a todo momento ir ao circo com seus amigos, por um motivo que até então todos desconhecem,  o menino acaba cedendo e por ironia do destino algo faz com que ele se torne a atração especial do espetáculo. O que cosmo não imagina é que ele e seus amigos foram arrastados para uma armadilha de uma vilã que já havíamos conhecido. Agora os três precisam salvar a galaxia mais uma vez e destruir os planos de seus novos e antigos inimigos.

Continuando as aventuras de cosmo pelo universo, Max Brallier traz um novo foco da vida do personagem. Isso pra mim já foi um ponto positivo, pois imaginava que tudo o que teríamos na serie seriam aventuras espaciais.

Tentei acompanhar a leitura do segundo livro de uma forma mais tranquila em relação ao primeiro, por dica de uma amiga que também leu. Fazendo isso pude compreender que todo o enredo foi adaptado para uma criança, então não cabe muito aqui fazer uma resenha mais técnica e profunda sobre alguns aspectos.

Dessa vez pude também sentir a presença um pouco mais forte de uma "lição de vida" passada no enredo, e isso me satisfez mais em relação a leitura.

O livro tem uma diagramação perfeita repleta de ilustrações feitas por Nichole Kelley, que consegue chamar mais a atenção das crianças. A capa esta muito linda e bem melhor que a capa do primeiro livro, que também ganhou um novo design.

O livro é bom para iniciar os novos pequenos no mundo literário. Talvez crianças na faixa de seis a nove anos de idade, mas claro que qualquer um pode ler, afinal mesmo tendo dezoito anos sou uma amante da literatura infantil.

Resenha feita em parceria com a Editora Sextante.

Resenha| O Papai é Pop 2, de Marcos Piangers

Autor: Marcos Piangers / Ano: 2016 / Páginas: 112 / Editora: Belas-Letras / Nota: 4/5
Sinopse: O papai é pop está de volta! Marcos Piangers vai colocar você no banco de trás do carro, ao lado das filhas Anita e Aurora, para contar novas histórias - algumas comoventes, algumas divertidas e outras talvez um pouco nojentas - sobre essa coisa absolutamente comum e extraordinária que é ser pai.
Um sentimento que não se pode explicar, não se pode entender. Só se pode viver. Porque você não vai ter um filho para obter vantagens, descontos, deduções do imposto de renda ou balões de graça sempre que for ao shopping. Um filho vai esgotar suas economias e minguar suas noites de sono. Vai sujar suas camisas novas e desenhar em suas paredes.
Você vai ter um filho, na verdade, por um único motivo: para aprender a amar outra pessoa mais do que a você mesmo.
Depois de "O Papai é Pop" ter feito sucesso Piangers, autor dos dois livros, decide lançar "O Papai é Pop 2" dando continuidade as suas crônicas que nos contam do dia a dia de ser pai. O livro dessa vez conta com uma linda introdução da mãe de Piangers, que decidiu falar abertamente de como foi a vida de mãe solteira para ela na época em que foi jovem.

Em "O Papai é Pop 2" pude mudar minha opinião sobre algumas coisas que li no primeiro livro. A impressão que ficou ao ler o primeiro volume foi que Marcos era um pai que se esforçava demais para ser perfeito, já no segundo o autor relaxa um pouco mais e abre mão de passar essa perfeição por algo mais real, sensível que mostrasse a paternidade como um todo.

O trabalho da editora Belas-Letras mais uma vez está incrível, e vai chegar uma hora que nem precisarei mais falar isso de tão acostumada que vou ficar com a perfeição da diagramação e das ilustrações presentes no livro.

Assim como "O Papai é Pop" e "A Mamãe é Rock", livro de Ana, mulher de Piangers, recomendo muito "O Papai é Pop 2". Foi como eu disse nas outras resenhas, não precisa ser pai ou mãe para entender a mensagem do livro, basta apenas ser filho.

Resenha feita em parceria com a Editora Belas-Letras.

Resenha| A Mamãe é Rock, de Ana Cardoso

Autora: Ana Cardoso / Ano: 2016 / Páginas: 112 / Editora: Belas-Letras / Nota: 4
Sinopse: Este é um livro sobre a maternidade e todos os sentimentos loucos que as mães têm em relação a quem de alguma forma criam, seja um filho natural, adotivo, neto ou sobrinho. É sobre família e é sobre as mães também, esses seres que falam uma língua estranha e chata que só entende quem entra para o clube e se torna uma delas. Não se preocupe, não é um livro de lamentações. É o contrário: tem histórias engraçadas, singelas e verdadeiras. Aqueles que leram O papai é pop estão convidados a conhecer o lado mais in/tenso da experiência. A mamãe é rock é um recorte sem filtro dos divertidos e comoventes malabarismos que um casal moderno faz todos os dias para criar suas filhas.
A Mamãe é Rock é um livro de crônicas de Ana Cardoso, que tem como proposta mostrar um pouco do cotidiano real de uma mãe. Ana é muito direta e realista em suas palavras e não se preocupa em mostrar algumas realidades que estão muito presente no cotidiano de uma mãe.

Por ser um livro puxado mais para o lado das mamães acreditei que não iria gostar das histórias de Ana e que a leitura não traria nenhum aprendizado para mim. Acabou que fui enganada e logo nas primeiras páginas fui conquistada pelos relatos engraçados e extrovertidos da autora.

Pude me lembrar várias vezes das coisas que minha mãe sempre me diz, principalmente daquela frase: quando você ser mãe vai entender. Nem precisei ser mãe para compreender as crônicas e ver que realmente minha mãe está certa na maioria das coisas que me diz. Talvez para aproveitar melhor a leitura não precisa nem ser mãe e sim filha, pois parte das crônicas acabam envolvendo Aurora e Anita, filhas de Ana.

Mais que recomendo o livro para todos. A Mamãe é Rock se tornou um livro inspirador, com lições reais e assuntos reais que precisam ser mais comentados e menos "floreados" no nosso meio. Vou levar Ana e sua obra como um exemplo a ser seguido (e claro que os conselhos da minha mãmãe também vão ser incluídos haha).

Resenha feita em parceria com a editora Belas-Letras.


Resenha| Desvende meu Estilo, de Dominic Evans

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Autor: Dominic Evans / Ano: 2016 / Páginas: 144 / Editora: Belas Letras / Nota: 4
Sinopse: Existe algo mais legal do que ter seu próprio estilo? Este livro é um lugar para explorar, mapear e compartilhar sua beleza única – é parte diário de moda, parte guia de estilo e parte solução de problemas no seu visual, ou seja, sua própria fada-madrinha fashion. Mas não tenha cuidados excessivos com este livro. Rasgue, rabisque, pinte, rascunhe e crie seus próprios looks. Então entre no provador de Dominique Evans, o cara que trabalha há mais de 10 anos no mercado da moda com as marcas mais legais do mundo, e saia pronta para arrasar! 
Desvende meu Estilo é o segundo livro interativo para jovens criado por Dominic Evans. Desvende meu Coração tem o foco nos leitores mais apaixonados, já Desvende meu Estilo busca satisfazer os amantes da moda.

O livro tem atividade interativas que passam algumas lições sobre ícones da moda e se sentir livre com o estilo que você tem. Foi uma surpresa ver que o autor se preocupou em mostrar a beleza e a moda em diversos padrões de corpo, de forma que um número maior de leitoras se sintam representadas.

Nos dois livros Dominic sempre tenta colocar seus leitores para cima, mostrando formas diferentes de ver sua personalidade e avaliar o que se tem de melhor em cada um. Curtir esse livro é super rápido e a edição linda contribui para que nossa auto-estima seja levantada pelas atividades que o autor propõe.

Por não ser exatamente esse tipo de amante solicitei o livro para ter uma segunda opinião de uma pessoa aqui em casa que ama: Minha irmã. Desvende meu Estilo foi mais do que aprovado pelas duas e posso dizer que quero mais livros de Dominic Evans.

P.S: O autor é um amor de pessoa e até me respondeu no Instagram. Vejam:

Resenha realizada em parceria com a Editora Belas-Letras.

Resenha| A Garota do Calendário - Fevereiro, de Audrey Carlan

Autora: Audrey Carlan / Ano: 2016 / Páginas: 135 / Editora: Verus / Nota: 3
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. 
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... 
Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.
Mia segue com seu propósito de conseguir dinheiro para salvar a vida do pai. Nesse mês como acompanhante a moça irá servir de modelo para o artista Alec Dubois, que tentará sugar de Mia todas as emoções possíveis para retratar em suas pinturas.

Tentando esquecer os sentimentos que guardou de Wes no mês de janeiro, Mia decide ficar mais aberta as propostas do artista que a trata tão bem e consegue tocar detalhes de sua vida que nem ela sabia. Alec é um francês excêntrico que consegue enxergar explicações profundas para diversos assuntos. Tendo Mia como sua musa inspiradora ele promete fazer obras fantásticas e várias noites de prazer para a jovem acompanhante.

Em  A Garota do Calendário - Fevereiro, Audrey Carlan dará continuidade as aventuras de Mia como acompanhante de luxo. Dessa vez notei que a autora deu uma grande evolução para a história, mostrando sentimentos de Mia que não estavam presentes no primeiro livro. As cenas de sexo também tiveram um nível mais alto, com detalhes mais profundos.

Não sei se foi pelo fato do personagem ser francês, mas Alec conseguiu trazer uma sensualidade bem maior para o enredo, bem mais do que Wes. Fiquei um pouco encantada com as explicações sexy que ele dava para o amor, a vida e outras coisas, mas isso não deixou o livro extremamente romântico, apenas complementou a personalidade de Alec.

A evolução no enredo, que acabei sentindo falta em Janeiro, pude felizmente sentir em Fevereiro. Senti também que a autora soube dosar o romance hot com os sentimentos e vida de Mia, e isso para mim é extremamente necessário em casos como esse. Mesmo assim fico com uma nota média, pois ainda sinto que preciso ser arrebatada por algo que falta no livro. Só vou poder dizer o que é quando ler os próximos volumes.
Resenha feita em parceria com o Grupo Editorial Record.

Resenha| A Garota do Calendário - Janeiro, de Audrey Carlan


Autora: Audrey Carlan / Ano: 2016 / Páginas: 144 / Editora: Verus / Nota: 3
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. 
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... 
Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.
O pai de Mia está em coma. Depois de se envolver com as pessoas erradas ele acabou se endividando e por não conseguir pagar a dívida foi violentamente agredido. Para proteger a vida do pai, da irmã e dela mesma, Mia decidi entrar na empresa de acompanhantes de luxo de sua tia.

O trabalho é simples, algumas regras aqui, outras ali, mas pelo menos no final do ano ela terá todo o dinheiro necessário para sanar a dívida do pai. Todo mês Mia será acompanhante de luxo de um cliente diferente, e no mês de Janeiro o primeiro cliente é Wes, um roteirista que promete a Mia um mês repleto de luxo e muitas aventuras quentes.

A Garota do Calendário é uma série do famoso gênero erótico, que trouxe uma proposta mais diferenciada para quem gosta do estilo do livro, mas ao mesmo tempo carrega alguns detalhes clichês que pode se ver em outras obras.

Mia é uma personagem que me deixou muito confusa. Em alguns momentos ela se sentia livre e não ligava para o que diriam dela, em outros ela mesma se julgava por ser acompanhante de luxo e se questionava sobre algumas coisas. Não deu pra sentir uma liberdade por completo vindo da personagem.

O livro é muito raso com o foco central em Wes e Mia. A escrita da autora poderia ser mais trabalhada em algumas situações e detalhes que contribuíram para que a história ficasse um pouco vaga. Por ser um livro com uma proposta mais quente esperava cenas de sexo mais profundas e que passassem aquela sensação de se estar lendo um livro mais quente.

Por ser um gênero que leio pouco a experiência com A Garota do Calendário foi até boa. Só espero que nos próximos volumes Audrey saiba desenvolver um pouco mais todo o contexto da trama, pois dá pra sentir que a história carrega um potencial mais profundo que sendo aproveitado pode dar uma série muito boa que ultrapassará o foco do sexo.