Existe um dia depois de amanhã...

18:32 Sofia Trindade 3 Comments




Gostaria de organizar meus pensamentos de maneira que coubesse em um texto de 3 parágrafos. Com uma introdução falando de como a vida é superficialmente maneira, com um romance que desse muito certo no meio e um fim do tipo: "feliz para sempre". Mas no meio dessa história, eu tenho uma mania de carregar detalhes, detalhes que ninguém percebe, mas são como tempero pra minha vida. E um texto de 3 parágrafos se torna em um livro entendiante que certamente ficaria empoeirando na estante de uma biblioteca de cidade.

Mas quem escolhe a vida que leva? Será que dá mesmo para apontar e falar: é isso. E acaba sendo? Certamente que não. A gente só se preocupa em fugir das consequências, mas de resto não dá pra saber. Claro que tem gente que idealiza, que vive de aparência, de trabalho, de estudo, de amor, de balada, de ídolos, de tanta coisa. Pessoas assim me entendiam, parece que veem horizontes como uma linha onde vivem pessoas iguais. Não gosto de ideologias, eu gosto de filosofia. Um pouco de tudo, dá pra aproveitar de tudo. Mas entendiante ou não, a vida que a gente leva é normal de qualquer jeito, e o seu choro sem motivo às vezes só depende da sua classe social, aí a gente mede o mundo que acaba em lágrimas. Já viu que é diferente pra cada um?. E dói né? Pensar que tudo é injusto, sempre.

E você começa a pensar e chora. Quando a gente quer falar de tudo, acaba não conseguindo dizer nada. Talvez porque o tudo não caiba em palavra nenhuma. Tudo é simplesmente tudo, assim como o perfeito, são palavras impossíveis de descrever. Deve ser porque são coisas que se resumem em partes de nós, que consideramos intocáveis, coisas de coração. Ou melhor, coisas do esconderijo do coração, que ninguém vê, ninguém percebe, ninguém toca.

E eu queria 3 parágrafos e já estou no quarto. E nem história contei. Só recolhi detalhe daqui e de lá. Quando a gente se sente sozinho, a tendência é ignorar qualquer pessoa, pois todas parecem iguais, na multidão. Mas existe aquela, uma pessoa que retribui o seu mal com o bem, que parece nem perceber sua reclusão. Uma pessoa que te conhece lá no fundo, pois ela te reconhece como normal. Como humano. E ainda sim especial, apesar do momento. Uma pessoa que você precisa aprender a valorizar. E a pessoa é falha, e te decepciona às vezes. Mas quando você vira o rosto, ali estão os braços abertos pra te aconchegar.

Eu quero flores no caminho e céu azul. Eu quero viajar e conhecer a Inglaterra. Mas eu não quero ser rica. Eu quero aprender a valorizar as pessoas que estão do meu lado, no caminho. Não, elas não permanecerão para sempre, mas elas estão ali, porque querem. Eu quero sorrir, e chorar se for preciso. Não dá pra ignorar os detalhes, as brigas e as pequenas coisas no caminho. Não dá pra viver em contos de princesas, porque esses contos são velhos e já vêm prontos. Acho que só dá pra viver a própria história. E seguir da maneira que dá, e escolher o melhor que há, e aprender com o que te fez mal. Na realidade, não tem começo, meio e fim. Tem um dia depois de amanhã. Tente manter-se vivo. E viva-o.

Créditos a Suzana do  blog Adolecentro.

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3 comentários:

  1. Fiquei super feliz, como disse que ficaria rsrs Obrigada por divulgar meu texto aqui <3

    Adolecentro

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  2. Eu li esse texto no blog da Su, tudo mesmo <3 Adorei

    www.mundogarota.com

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  3. A Suzana escreve super bem, :)

    Beijos, estou te seguindo.

    www.noivadoedgar.blogspot.com

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