Esdrúxulo

22:10 Sofia Trindade 3 Comments



Não me faça perguntas. Não vou explicar nada...

Apaguei as lâmpadas da escuridão
Destrui o quinto canto do mundo
Mergulhei no oceano mais profundo
E perdi a respiração

Não vejo sons, apenas sombras de elefantes
Caricaturas do que fui um dia
Quando eu sonhava e sorria
E meus versos eram elegantes

Tuas facas em minha direção se movem
Aventureiro de pouca audácia
Diferente da falácia
De quando eu era jovem

Roubaram-me do que não tinha
Mas não fui vítima, eu sou o vilão
Apenas mas um animal em extinção
A caneta sem tinta que ainda escrivinha

Junto ao abismo há uma queda
No além mundo, vasto mundo
Eu já me chamo Raimundo
No meio do caminho há uma roxa pedra

Os sinos cantam ao amanhcer
Com suas gargantas desafinadas
E minhas maõs se apresentam atadas
Não há nada que eu possa fazer

Meu caro amigo José
Onde você vai eu nunca vou
Tudo começa onde acabou
Ha resquícios de medo da cabeça ao pé

Meu cérebro me ajuda
E eu respondo mais uma pergunta
É com gordura vegetal que a bauxita se unta
Não se esqueca de roubar outra estátua de Buda

Créditos: #R (um amigo e um amor)

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3 comentários:

  1. "roubaram me do que eu não tinha" que lindo
    Amei
    bjs da LÊ
    http://leversosecontroversias.blogspot.com.br/

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  2. Nossa, adorei o texto <3.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  3. Que coisa mais linda viu! Amei! ^^

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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